se eu morrer, foi odete

minha mesa
tudo o que vejo é o computador,
folhas, canetas, noticias de última hora.
ao lado do computador
fica o meu maior amor:
destilado ouro...
gosto de sentir esse gosto antes do café...

já ao meio-dia me vejo bêbado
ligo para o rio antigo
e peço uma bela puta
para massagear meu ego

dona ivone já sabe que sou eu
e me manda odete...
uma puta anarquista!
(na verdade ela é a faxineira do puteiro)
vende-se por poesias discretas
e ri da minha miséria

disse-me que um dia desses
ainda me mata...

se eu morrer, foi odete.





por paulo tosqueta

Nenhum comentário:

Postar um comentário