toda



alma apática?
não, impossível.
por isso, vamos à prática!!


tua boca

entorpece de céu essa sua boca anestesiada
não precisa dizer mais nada
sei onde estão as pequenas arestas
gritarei versos em prosa
sem que me veja rondando a festa

porque querer o céu 
se tenho a tua boca anestesiada?
complicaria tudo se novidade fosse
onde já se viu, cegou-se!
esperar é um dom que não possuo

transformo tudo em escrita
e continuo princesa da tua boca anestesiada
se assim é, me mantenho dita
danço nas linhas tortuosas do bem-querer
sem professar sobre o teu limbo
e nem ao meu

toquem o pífano!!
rodarei minha saia florida ao som do nordeste!

domingo




no meio da cidade, uma chuva.
no meio da chuva, uma cidade.

nem trovas nem trovões...
só chuva e cidade. 






repetição


tentativas furtadas uma espécie de vazio no centro do caos...
pelo desencontro
 um tornado de saudade
no meio do meu coração


no meu coração
no meu coração
no meu coração
no meu coração
no meu coração
no meu coração