matemática

Geometria que me plaina no ar
Nada fora do polígono
Mas com quadriláteros tangenciais

Algo a ver com graus longe dos minutos
Fórmulas que aconchegam meus sonhos
Tranquilizam cada báskara
O que vale é a condição do delta
Percola literalmente os acentos agudos 
e as linhas de interpretação

Percepção na coragem do dia
Às vezes álcool, às vezes fumaça
Uma louça lavada e sossego para leituras

E sou eu o fragmento da ciência e religião
Curta temporada de matéria densa
Vocalizes me dominam em condição volátil
Adeus à deusa
E tudo o que peço é para pouco trajeto
Chegar ao utópico lar e me banhar 

Quanta música envolvida!
Da matéria cinza aos ouvidos da vizinha
Lamenta-se por não me ouvir cantar mais pelas manhãs!!
Disse-me que era como oração
E eu, vaidade tomada pela imensidão da rua, abri meu largo sorriso
Mas voltei para a matemática.







Nenhum comentário:

Postar um comentário