à tua risada alta ou algo parecido

ê noite de segunda-feira que em mim adentra e não sai mais. tão pequenina tormenta de idéias...onde me fora tão clemente? pensei por um instante que o silêncio pudesse me deter pelos desenhos, mas nada me tira da cabeça a tua risada alta. o que foi que fizestes com minha a digna esperança? penso por quantas vezes ainda você aparecerá em minhas lembranças.
na minha calma, há força e sensatez e, por vezes, uma possível estupidez. não sei se deus ou destino, ou outra força qualquer... Talvez o pensamento produzido por uma série de cansaços num período intermitente, numa conduta indiferente da vida para comigo. toda vez me deitava, lia, orava, chorava na fonte do meu pensar e pedia aos astros mais que completos na trajetória de sua existência que me levassem daqui para um outro lugar, pois em tom modesto não me via em cena citadina local. queria era ganhar o mundo, percorrer mais trechos e me deitar embaixo de uma árvore centenária para da sua sombra me banhar.
e eis que você veio, chegou bem no meio do meu anseio e me pôs em dúvidas sem sequer me questionar se poderia arrebentar com minha alma ou se tudo posto seria calma, ou se abrigo, ou se trabalho, ou se exagero, ou se simplesmente...era coisa da minha mente. não sei se em grandes alturas, não sei se plaino, não sei se água, só sei que sonho com algo parecido com a tua risada.
então tudo se arrebatou numa condição sensata. nada de serenata! - gritei. tudo passou de imaginação, daquelas enormes existências das teorias psicanalíticas e nenhuma delas transformaria a realidade nem em passos largos... pois depois disso, sentei-me confortavelmente e deixei vagar a minha mente em cada ponto do inexato sistema límbico.
assoprei com toda força àquelas idéias toscas que me encaloravam todo o corpo e numa finita clausura deixei escorrer o suor pelo rosto amenizando toda a corrente dos mais antigos planos. assim, depois de tudo ir, recolhi todos os desenganos, abri o caderno vermelho, tracei linhas paralelas e desenhei o movimento do que é lento, quieto e solidez. daí busquei coragem para acabar com tudo de vez e, não obstante, veio uma inspiração sagaz, uma vontade de dizer, uma coisa de escrever e as cenas do teatro não paravam de me chegar...

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